Depois da leitura de muitos livros pode ficar-se com uma inteligência admirável
e a cabeça acende como se tivesse uma lâmpada dentro. É muito engraçado. Às
vezes, os leitores são tão obstinados com a leitura que nem se lembram de usar
candeeiros de verdade. Tentam ler só com a luz própria dos olhos, colocam o
livro perto do nariz como se o estivessem a cheirar.
Os leitores mesmo inteligentes aprendem a ler tudo, até aquilo que não é um livro.
Leem claramente o humor dos outros, a ansiedade, conseguem ler as tempestades e o silêncio, mesmo que seja um silêncio muito baixinho. Alguns leitores, um dia, podem aprender a escrever. Aprendem a escrever livros. São como pessoas com palavras por fruto, como as árvores que dão maçãs ou laranjas. Pessoas que dão palavras.
Os leitores mesmo inteligentes aprendem a ler tudo, até aquilo que não é um livro.
Leem claramente o humor dos outros, a ansiedade, conseguem ler as tempestades e o silêncio, mesmo que seja um silêncio muito baixinho. Alguns leitores, um dia, podem aprender a escrever. Aprendem a escrever livros. São como pessoas com palavras por fruto, como as árvores que dão maçãs ou laranjas. Pessoas que dão palavras.
As bibliotecas,
Valter Hugo Mãe
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